A quantidade de etanol adicionado à gasolina poderá aumentar ainda nesta terça-feira, 3 de fevereiro. O total passará de 25% para 27% se a presidente Dilma Rousseff aprovar a medida. Antes da decisão, a equipe do governo federal – formada pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e representantes do Ministério de Minas e Energia – recebeu o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, e a diretora da União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), Elizabeth Farina. De acordo com a legislação atual, o máximo de etanol misturado à gasolina não pode passar de 27,5%. O mínimo é 18%, segundo a Lei 10.033/2014. O aumento no porcentual previsto em lei ocorreu no final do ano passado após forte lobby do setor sucroalcooeleiro. “(O aumento) não foi para 27,5% por uma questão da defesa do consumidor brasileiro. A proveta de testes que é instalada em cada bomba de combustível não consegue fazer leitura intermediária da mistura”, explicou Moan. Para a mistura na gasolina premium, o único impasse é que não foram feitos teste dessa nova mistura em veículos importados, apenas nos nacionais. Em abril, esses setores e o governo voltam a se reunir para debater também esta possibilidade. Setor sucroalcooeleiro Elizabeth Farina assegura que o setor está preparado para abastecer as bombas de etanol. Ela alegou que com a medida, o setor terá mais estímulos para produzir. Se o aumento fosse de 27,5%, o demanda seria de um bilhão de litros a mais. O setor sucroenergético foi favorecido recentemente por outra decisão do governo federal, de elevar impostos para a gasolina, que a Petrobras decidiu repassar integralmente aos preços nas refinarias. Com a gasolina mais cara, as usinas também podem elevar os preços do etanol hidratado, usado diretamente nos carros. Fonte: Agência CNM, com informações da Agência Estado