O estudo ‘Brasil e OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) avaliação da eficiência em sistemas de Saúde’ do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), divulgado no início do mês, colocou os municípios brasileiros em primeiro lugar no critério ‘eficiência nos gastos com Saúde’. A pesquisa foi realizada entre 32 países pesquisados, a maioria deles desenvolvidos.
Segundo o estudo, os investimentos em Saúde no Brasil produzem resultados melhores do que nos demais países analisados, integrantes da OCDE. No ranking dos dez mais eficientes, o Brasil está à frente de países como Turquia, México, Hungria, Eslováquia, Polônia, Coréia, República Tcheca, Portugal e, em último lugar, os Estados Unidos. Dos 32 analisados, a Islândia recebeu a pior avaliação.
O estudo cruzou os investimentos em Saúde dos municípios de cada país e as melhorias alcançadas em diversas áreas: esperança de vida ao nascer para homens e mulheres, índice de sobrevivência infantil, anos de vida recuperados para doenças transmissíveis, anos de vida recuperados para doenças não-transmissíveis, anos de vida recuperados para causas externas, tamanho da população e a área geográfica.
Entre as informações divulgadas, a pesquisa indica que, no Brasil, o aumento de 1% no gasto per capita faz com que o número de mortes de crianças até um ano diminua de 22 para 10 em cada 1000 nascidos vivos. E mais: um incremento de 1% no gasto per capita gera um aumento de 5 anos na esperança de vida do brasileiro.
Dicas da CNM para os gestores municipais
Segundo a Confederação Nacional de Municípios (CNM), os avanços apresentados pela pesquisa evidenciam a preocupação dos gestores municipais em ofertarem serviços de Saúde com qualidade, otimizando a utilização dos recursos financeiros.
A CNM ainda alerta que, para continuar crescendo nas avaliações do IPEA e na consolidação do SUS, os municípios devem estar atentos a temas como o subsistema privado, envolvendo os planos de Saúde e a clientela privada que continuam usufruindo dos serviços do SUS. A CNM também destaca a necessidade de haver maior controle e regulação nos serviços de Saúde com a finalidade de evitar o paralelismo e a duplicidade na oferta dos serviços.
Para continuar avançando, há a necessidade de mais qualificação do Sistema de Saúde nas três esferas de gestão, principalmente com relação à forma de financiamento. Desta forma, os municípios podem consolidar e manter os avanços já conquistados.
Mais detalhes sobre o estudo no site do
IPEA
Fonte: Agência CNM