Hospital de Lagarto : cresce número de vítimas de acidentes

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O número de vítimas de acidentes motociclísticos (motos e motonetas) atendidas no Hospital Regional de Lagarto (HRL) voltou a crescer durante o carnaval, comparado ao mesmo período em 2014. Segundo o cadastro de atendimentos da unidade, entre os dias 13 e 18 de fevereiro deste ano, a unidade atendeu 53 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que se envolveram nesse tipo de acidente, contra 45 atendidas em 2014. Um crescimento de 17,7%. Comprado ao período carnavalesco de 2013, entretanto, houve uma redução de 39,6% no número de vítimas por acidentes motociclísticos atendidas no HRL, ou seja, foram assistidos nesse período 74 pacientes. Além disso, no Carnaval 2015, a unidade registrou quase 800 atendimentos de urgência e emergência, entre casos clínicos e cirúrgicos. Somente no setor de sutura foram atendidos, aproximadamente, 60 pacientes, que se submeteram a pequenos procedimentos cirúrgicos. Também este ano, apenas sete pacientes envolvidos em acidentes automobilísticos foram atendidos no HRL. Segundo o superintendente do HRL, Oldegar Alves, além de ser totalmente contraindicado para quem vai dirigir, o consumo de álcool em excesso compromete a assistência aos pacientes nas urgências e emergências hospitalares. O álcool dificulta, por exemplo, o diagnóstico terapêutico da lesão craniana, tendo em vista que a bebida provoca uma excitação que pode ser confundida com quadro de desorientação. Além disso, causa desidratação, retarda o tratamento da lesão e compromete a função medicamentosa, adverte. Uso de capacete Além da associação álcool e direção, outro fator, segundo Oldegar, contribui para agravar ainda mais os acidentes motociclísticos. É que grande parte dos usuários de motos e motonetas não costuma usar os equipamentos de proteção individual, principalmente o capacete. Por isso, tanto no carnaval quanto em outros períodos do ano, tem sido cada vez mais crescente o número de vítimas de acidentes envolvendo motos. Dados do Ministério da Saúde revelam que entre 2001 e 2011 o número de condutores de motos que morreram em acidentes aumentou quase 367%, passando de 3.130 a 11.485. Isso sem contar as lesões que deixam um número maior de pessoas com sequelas graves e incapacitadas. E quanto maior a gravidade do acidente e das lesões, o tratamento exigirá mais recursos financeiros, humanos e tecnológicos do Estado. Os politraumatizados são pacientes que geralmente precisam de atendimento multidisciplinar, ou seja, de uma equipe formada por neurocirurgião, ortopedista, cirurgião e bucomaxilofacial, entre outros profissionais. Além disso, o crescente aumento no número de acidentes, em especial os motociclísticos, também tem reflexos diretos no tempo de internação e de espera por cirurgias ortopédicas eletivas. Fonte: Agência Sergipe de Notícias.