MDS: Segurança alimentar e nutricional é prioridade

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A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, reforçou nesta quarta-feira (4) que as políticas sociais conquistadas nos últimos anos estão asseguradas e não sofrerão com o ajuste fiscal. Campello destacou também que o ministério está ouvindo a sociedade civil para definir as novas metas das políticas públicas. Um dos focos, segundo ela, são as ações de segurança alimentar e nutricional para os povos e comunidades tradicionais. “Estamos fazendo um esforço gigantesco para participar deste momento de ajuste fiscal sem comprometer as nossas políticas públicas. E estamos em uma temporada de escuta da sociedade civil, como fizemos no lançamento do Brasil Sem Miséria”, disse ela, ao participar da XVIII Reunião Ordinária da plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea). Para o secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, é preciso saber o que a sociedade espera da política alimentar do governo e, a partir disso, mobilizar os estados e municípios para colocar “em prática uma agenda que ataque os bolsões de insegurança alimentar”. “Nossa proposta é reduzir a insegurança alimentar dos povos e comunidades tradicionais, mapeando as aldeias indígenas, comunidades quilombolas, de ciganos, moradores de rua e grupos populacionais específicos. Também é importante pensar sobre o que nós estamos comendo e o que nos prejudica”, afirmou Campos, que também é secretário executivo da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Na avaliação do secretário, o sistema agroalimentar brasileiro não supre a população com alimentos saudáveis. “Estamos virando a página do acesso à alimentação e o nosso próximo grande desafio será garantir o abastecimento de produtos saudáveis como frutas, legumes e verduras, e aqueles com menor teor de gordura, sal e açúcar.” Para ele, é preciso definir o papel da agricultura familiar e dos sistemas agroecológicos no fornecimento de alimentos, bem como da indústria, da distribuição, dos equipamentos públicos, das escolas, da política tributária, para garantir uma alimentação que proporcione saúde e qualidade de vida e que não traga problemas à população. “Na reunião do Consea, fizemos uma avaliação da conjuntura econômica e discutimos os próximos passos para a construção deste novo ciclo. O Brasil saiu do Mapa da Fome e evoluiu em todos os indicadores da área social e de segurança alimentar. Agora precisamos organizar os próximos quatro anos”, disse. A elaboração do Segundo Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, segundo Campos, estão entre as principais ações. Fonte: MDS.