A campanha “Mamãe, não deixe seu filho nascer com Sífilis”, da gerência do Programa de DST/Aids da Secretaria de Estado da Saúde (SES), vem dando resultados satisfatórios. Lançada na semana passada, a iniciativa tem como foco chamar a atenção dos sergipanos, principalmente as mulheres gestantes e que pretendem ter filhos, quanto ao grande índice de Sífilis Congênita no Estado, atentando para a conscientização da prevenção, do pré-natal e do tratamento. A campanha reforça que o trabalho para prevenção da doença deve ser realizado pela Atenção Básica dos municípios, com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde, desenvolvendo a busca ativa das gestantes. Além disso, os Agentes Comunitários de Saúde devem distribuir preservativos masculinos e femininos, e orientar gestantes e parceiros para fazer o Teste Rápido e o pré-natal correto. Em Sergipe, somente neste ano, de janeiro a abril, foram registrados 70 casos de Sífilis em gestantes e 58 casos de Sífilis Congênita (transmitida da mãe para o bebê), sendo que os municípios sergipanos que mais notificaram nesse período foram: Nossa Senhora do Socorro (24), Aracaju (17), Barra dos Coqueiros (05), Itabaiana (05), Estância (04) e São Cristóvão (04). “Nossa proposta é que as ações sejam desenvolvidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), orientando sobre a importância do pré-natal e a presença do parceiro para diagnóstico. O casal tem que fazer o tratamento junto e contínuo. Orientamos, também, para que seja feita a busca ativa das mulheres profissionais do sexo que estão gestantes para que tenham o acompanhamento correto”, reforça Almir Santana, gerente do programa de DST/Aids, ressaltando que “todos os 75 municípios sergipanos têm profissionais capacitados pela SES para realizar os Testes Rápidos”. Segundo Almir Santana, “a campanha foi lançada com grande sucesso e os municípios que têm os maiores índices já estão aderindo com grande força. Já tivemos ações em Barra dos Coqueiros, Areia Branca, em Laranjeiras. Em Boquim, foi feita uma ação bacana durante a micareta. Percebemos que os municípios já estão mudando o conceito e incorporando as ações de prevenção na própria UBS, montando estantes com os materiais cedidos pela SES e produzindo, também, os seus próprios. Esperamos que aconteça também um reforço em Aracaju, onde se concentra um grande número de casos”. Ainda de acordo com o gerente, a Sífilis é uma doença silenciosa, transmitida de uma pessoa para a outra durante a relação sexual sem a proteção da camisinha. Caso não seja diagnosticada precocemente nas gestantes e tratada a tempo, o bebê pode ser atingido, causando má formação ou uma série de complicações como dentes deformados, deficiência mental, feridas no corpo, problemas ósseos, cegueira, surdez e até mesmo a morte. Fonte: Agência Sergipe de Notícias.