O réu confesso João Maurício Gomes da Silva confirmou nesta terça-feira (16) as denúncias que chegaram à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia de Órteses e Próteses. Uma única cirurgia de coluna custou quase R$ 1 milhão. No mercado, sairia por R$ 200 mil. O esquema do qual fez parte o ex-assessor técnico da Direção Regional dos Correios no estado do Rio Janeiro teria desviado aproximadamente R$ 10 milhões da gerência de saúde dos Correios no Rio.
Além do custo, João Maurício disse que ficou surpreso com a rapidez da aprovação. Ela deu uma passagem dentro da gerência que nenhuma outra cirurgia havia dado. Parece que em 20 e poucos dias ela deu entrada, foi aprovada e paga.
O presidente da CPI, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), enfatizou que a urgência é algo que aproxima o formato do esquema do Rio com aqueles investigados pela CPI das Órteses e Próteses. “Nesse caso, havia um componente extra: a justiça. São médicos, distribuidoras, advogados que fazem uma profusão de liminares, recorrem aos tribunais com um único objetivo: auferir lucros, através de propinas.
Para o deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS), a mudança passa pelo Judiciário. Estão usando o Judiciário de forma malandra e o Judiciário está de olhos vendados, ou rendido, validando esse tipo de procedimento. Nós temos que desmontar esse esquema; essa é a razão de ser da CPI.
A reportagem do Fantástico que denunciou a máfia mostrou um esquema do mesmo tipo, com comissões e orçamentos falsos, no plano de saúde dos Correios no Rio de Janeiro. “Segundo investigação do Ministério Público e da Polícia Federal, Silva comandou esquema de corrupção na Gerência de Saúde dos Correios do Rio de Janeiro. Somente no período entre 2011 a 2013, o prejuízo computado é de mais de R$ 7 milhões aos cofres da estatal”, afirmou o deputado Dr. João (PR-RJ), que pediu o depoimento de João Maurício. Para mais informações, acesse o link da Câmara dos Deputados. Fonte: Agência Câmara Notícias..