Segurança alimentar é destaque da 5ª Marcha das Margaridas

Compartilhar:
A segurança alimentar e nutricional é uma das prioridades da pauta da 5ª Marcha das Margaridas. A coordenadora geral da marcha, Alessandra Lunas, entregou, nesta sexta-feira (3), o documento que reúne as principais reivindicações das mulheres do campo à ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Além da pauta da alimentação saudável, outra questão importante é a redução das desigualdades e da superação da pobreza, que atinge principalmente mulheres e crianças. São prioridades que estão no centro da nossa agenda, destacou a ministra. Na ocasião, Tereza Campello falou dos avanços conquistados nos últimos anos e citou o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que promove o acesso à alimentação e incentiva a agricultura familiar. “Em 2011, 26% do que o programa comprava era da produção das mulheres. Hoje, compramos 41%. Se foi possível darmos esse salto em quatro anos, é possível fazer com outras políticas.” Outro destaque apontado pela ministra foi o Plano Safra da Agricultura Familiar 2015/2016. Uma das medidas do plano determina que os órgãos federais deverão destinar, no mínimo, 30% dos recursos aplicados na aquisição de alimentos para a compra de produtos da agricultura familiar. “São muitas as possibilidades que se abrem para que a gente compre cada vez mais das mulheres.” Campello também citou o decreto que estabelece regras e normas de qualidade específicas para agroindústrias de pequeno porte pelo Sistema Único de Atenção à Sanidade Animal (Suasa). “Faz 12 anos que lutamos para que a agroindústria da agricultura familiar tenha um tratamento diferenciado. Quem ganha com isso são as mulheres e jovens”, acrescentou. Representante do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, Edel Morais ressaltou a importância da segurança alimentar ter sido colocada na pauta de reivindicações. “Está estatisticamente comprovado que a produção que alimenta o Brasil vem da agricultura familiar, isso precisa ser enfatizado e valorizado.” A soberania alimentar também foi defendida pela coordenadora geral da marcha, Alessandra Lunas. “Os brasileiros precisam compreender que defender a alimentação saudável como uma questão soberana está diretamente relacionada às suas vidas. Outra prioridade, a exemplo do que já começou a ser feito na região Nordeste, é a criação dos bancos de sementes crioulas. Queremos que isso seja um programa nacional para garantir de fato as nossas sementes e a soberania alimentar, disse. Fonte: MDS.