O empresário Auro Gorentzvaig, ex-acionista da Petroquímica Triunfo, disse, em depoimento à CPI da Petrobras nesta quinta-feira (2), que a empresa foi “expropriada” em benefício de uma subsidiária da empreiteira Odebrecht, a Braskem, operação que, segundo ele, teve participação ativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Gorentzvaig, o objetivo “dessa ação deliberada do governo” era dar à Odebrecht o monopólio do setor. Além de Lula, ele acusou Dilma Rousseff, então presidente do Conselho Administrativo da Petrobras; Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal; e Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento, de envolvimento no processo de integralização acionária que fez sua família perder o controle da petroquímica.
O empresário já tinha feito a denúncia à Procuradoria-Geral da República. “Fomos surpreendidos por essa política de monopólio, que acabou submetendo todas as indústrias petroquímicas à Braskem, da Odebrecht”, afirmou.
Gorentzvaig contou aos parlamentares que teve uma reunião com Lula, em 2009, no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. De acordo com o depoente, o encontro, do qual também participou Paulo Roberto Costa, ocorreu por intermédio do petista Luiz Marinho, atual prefeito de São Bernardo do Campo.
A reunião, segundo o empresário, aconteceu em meio à disputa acionista entre a Petrobras e a Petroplastic (empresa da família dele) pelo controle da Triunfo – repassado depois para a Braskem por meio de uma operação de incorporação acionária.
“O senhor disse à Justiça que Paulo Roberto Costa era o operador do ex-presidente Lula. O senhor confirma isso?”, perguntou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP). “Pelo que eu entendo, sim”, respondeu o empresário. Para mais informações, acesse o link da Câmara dos Deputados. Fonte: Agência Câmara Notícias.