Prefeitos protestam em frente ao Palácio do Planalto
A crise piorou e trouxe os prefeitos de volta a Brasília. Mais de 500 gestores municipais marcharam em frente ao Palácio do Planalto e em torno do Congresso Nacional para pedir “Dignidade e respeito à autonomia municipal”. A Mobilização Permanente reuniu o público inicialmente no auditório Nereu Ramos, na Câmara, nesta quarta-feira, 5 de agosto.
No auditório, inúmeros prefeitos e presidentes de entidades estaduais discursaram e falaram dos problemas que estão enfrentando para gerir os Municípios. Depois, eles saíram de lá com cartazes que apontavam as reivindicações.
“FPM: quando a arrecadação encolhe, o povo é que sofre”, “Presidenta, a população espera o cumprimento da palavra empenhada”, “Resíduos Sólidos sem custeio é sujeira” diziam algumas das faixas e cartazes. Os gestores também gritavam palavras de ordem como “Prefeitos unidos jamais serão vencidos”.
Por algum momento, em frente ao Palácio do Planalto, os prefeitos e demais participantes sentaram no asfalto e cantaram o Hino Nacional. Neste instante, a tropa policial fazia um tipo de cordão para impedir a passagem dos municipalistas. Por algum tempo, o trânsito foi impedido, mas logo liberado.
Agência CNMDepois do ato em protesto pela desatenção com os Municípios, os gestores resolveram esperar em frente ao Planalto enquanto uma comitiva acompanhava o presidente Aroldi na entrega da Carta Municipalista à Presidência da República, ao Congresso Nacional e à Sociedade Brasileira. Quem recebeu os municipalistas foi o subchefe de Assuntos Federativos, Olavo Noleto.
Noleto reconheceu a Mobilização. Disse que é um direito dos prefeitos e lembrou que o vice-presidente da República, Michel Temer, vai se reunir com alguns deles ainda nesta tarde. A Mobilização seguiu de volta ao Congresso. Aroldi e dirigentes da entidade participaram de reunião com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
A maior reivindicação é sobre o não cumprimento da palavra por parte do governo federal em relação ao repasse extra do Fundo Participação dos Municípios (FPM). Era esperado 0,5% da arrecadação sobre 12 meses e a transferência foi apenas sobre seis meses. Portanto, as prefeituras receberam metade do combinado – 0,25%. “É uma questão de honra”, destacou a todo momento o presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Glademir Aroldi.
Fonte: CNM.