MDS: em uma geração, Brasil muda sua situação social
“O exemplo do Brasil é essencial, porque mostra que um país democrático, multicultural, multirracial, nos trópicos, pode mudar, em uma geração, a sua situação social”, elogiou nesta terça-feira (25) o coordenador do Sistema Nações Unidas no Brasil e representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no Brasil, Jorge Chediek. Ele participou, em Brasília, da abertura de Oficina Técnica que discute formas de medir a pobreza e de superá-la, em uma nova geração de políticas públicas na área social.
O diretor do Banco Mundial para o Brasil, Martin Raiser, lembrou que o país é reconhecido internacionalmente pelos grandes avanços no combate à pobreza, independentemente do indicador utilizado. “O Banco Mundial tem aprendido muito com a experiência brasileira e tem levado a outros países com a inciativa WWP”, destacou. A plataforma World Without Poverty (WWP) apresenta as iniciativas, programas e ações desenvolvidos no Brasil e as dissemina, com o objetivo de contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, da Organização das Nações Unidas (ONU), que serão definidos no mês que vem.
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou a importância dos resultados obtidos até hoje e a necessidade de evitar retrocessos e garantir o avanço na agenda social. “A análise dos indicadores sociais nos mostra que demos conta de superar a pobreza. E que podemos avançar ainda mais”, afirmou. “Temos competências para ousar, para pensar e ser criativos num debate sobre indicadores de pobreza multidimensional, que supere uma visão fragmentada.”
A ameaça de retrocessos na agenda social na região foi tema do discurso da diretora da Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica Para a América Latina e Caribe (Cepal), Laís Abramo. “Os resultados alcançados até agora foram resultados de opções estratégicas e políticas tomadas que tinham a inclusão social, a erradicação da pobreza e da fome no centro das ações”, afirmou. “A nossa grande tarefa é garantir os efeitos dos resultados, impedir retrocessos e continuar avançando.”
Para o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), André Calixtre, o modelo de desenvolvimento brasileiro mostrou que é possível um crescimento econômico aliado à inclusão social e à redução das desigualdades. E que o atual momento precisa de informações para ser aperfeiçoá-lo. “Neste encontro, temos desafios metodológicos para entender a pobreza e estudar como pode ser combatida.”
Fonte: MDS.