SES esclarece sintomas e cuidados com a meningite

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Vigilância Epidemiológica, informa que, de janeiro a agosto de 2015, 17 casos de meningite foram confirmados no Estado. Desses, 6 foram por meningite bacteriana, 2 por meningite meningocócica, 4 por meningite viral e os demais sem especificações. Em 2014 foram 36 casos confirmados. De acordo com o médico infectologista da SES, Marco Aurélio Góes, a meningite é uma inflamação das meninges que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “Trata-se de um processo infeccioso. As bactérias penetram no organismo através das vias respiratórias ou até mesmo por contato prolongado com secreção. O adoecimento pela meningite depende do agente infeccioso envolvido, mas também das defesas do organismo, sendo por esse motivo e pela multiplicidade de agentes envolvidos, impossível de evitar 100% dos casos. As infecções de vias aéreas superiores (como as sinusites e otites) não tratadas adequadamente, podem favorecer o surgimento de meningites, assim como os traumas cranioencefálicos (TCE)”, explica. A meningite atinge adultos e crianças. Os principais sintomas são: febre, cefaleia, rigidez de nuca, vômito, sinais de irritações na meninge, manchas vermelhas no corpo. Em crianças menores de 1 ano, os sintomas não são bem evidentes e os pais precisam analisar sinais de irritabilidade, choro persistente e abalamento de fontalena (moleira). “Existem diversos tipos de meningite infecciosa, sendo as mais comuns as causadas por bactérias e vírus. Sendo assim, existe uma variação na sintomatologia, nas formas de prevenção e tratamento. Já as meningites bacterianas são causadas pelo Meningococo, Pneumococo e Hemófilos. Na última década houve uma grande diminuição no número de casos desses tipos de meningites, associado à incorporação de vacinas para algumas dessas bactérias no calendário infantil”, aponta o médico Marco Aurélio Góes. O infectologista comenta ainda que, para a saúde pública, a grande preocupação são as meningites que possuem um maior risco de causar surtos e epidemias, como as meningites meningocócicas. “Por isso, assim que há a identificação do caso de meningite, o profissional que realizou o atendimento deve notificar a Vigilância Epidemiológica Estadual e as medidas de controle devem ser iniciadas de imediato, como o isolamento do paciente em quarto privativo (até 24 horas de tratamento efetivo) e a identificação dos contatos íntimos, para que seja avaliada a necessidade de quimioprofilaxia (uso de antibiótico nos contatos íntimos para tratar preventivamente pessoas que possam estar infectados pela bactéria). Essa quimioprofilaxia não pode ser feita de forma indiscriminada, pois pode levar à resistência bacteriana”, esclarece. A Secretaria de Estado da Saúde orienta que, aos primeiros sintomas, deve-se procurar imediatamente um médico para avaliação e tratamento, e sempre deixar ambientes arejados e ventilados. A SES acompanha e monitora todos os casos e, de imediato, são desenvolvidas todas as medidas de controle junto com as Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios. “A SES monitora todos os casos e esclarece que orienta os municípios para realizar o mapeamento e a busca de pessoas, do convívio dos pacientes, para fazer um trabalho de bloqueio e de quimioprofilaxia, desenvolvendo ações educativas sobre a doença. Orientamos também que locais ventilados e bem arejados dificultam a transmissão dos agentes infecciosos envolvidos nas meningites. Para diminuir ou evitar sequelas ou óbitos pelas meningites é importante o diagnóstico e tratamento oportuno, pontua Marco Aurélio Góes. Fonte: ASN.