Criador do perfil Dilma Bolada diz que é independente
Nos últimos momentos da reunião da CPI dos Crimes Cibernéticos desta quinta-feira, o publicitário Jeferson Monteiro continuou negando que recebe recursos do PT para defender o governo e criticar opositores.
“Eu escrevo o que eu quero a hora que eu quero no perfil Dilma Bolada”, afirmou. Segundo ele, o perfil já atingiu seu auge e ele se ocupa de outros trabalhos. “Não faz sentido dizer que recebo pelo PT, se já passei um mês sem atualizar o perfil”, completou Monteiro.
O deputado Alexandre Leite (DEM-SP), que propôs o convite a Jeferson Monteiro, questionou se ele tem alguma relação com as investigações da operação Acrônimo, que apura supostas irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT). Leite também questionou se Monteiro já foi processado por calúnia e difamação.
Monteiro negou que tenha sido processado e afirmou que toda documentação de seu contrato com a agência Pepper, que prestou serviço ao PT, está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e não há qualquer irregularidade. O publicitário disse ser parte do bônus de ser reconhecido pelo perfil Dilma Bolada, que deu a ele o contrato com a Pepper.
O deputado Fábio Souza (PSDB-GO) criticou as postagens feitas pelo perfil Dilma Bolada contra a jornalista Raquel Sheherazade e a ex-senadora Marina Silva (Rede).
Monteiro reconheceu que perdeu a cabeça ao fazer acusações ao senador Aécio Neves depois de ser acusado de receber dinheiro do mensalão por um perfil fake da campanha do PSDB. “Com 18, 19 anos, tinha uma cabeça equivocada, formada pela mídia, como chamar mulher de vagabunda. Era assim que eu pensava. E é isso que é tradicionalmente ensinado pela mídia”. Ele também afirmou que passou do limite ao ofender a jornalista do SBT e que, atualmente, não responde às provocações. “Eu já falei de todo mundo, inclusive do Lula”, explicou.
Fonte: Agência Câmara Notícias.