Sergipe reúne condições para produzir soja
O vice-governador Belivaldo Chagas compareceu na manhã desta quinta-feira, 26, a primeira reunião ampliada em que foi discutida a possibilidade de produção de soja em Sergipe. O encontro ocorreu no Palácio de Despachos. Belivaldo Chagas se mostrou entusiasmado com a possibilidade do estado se tornar um produtor de soja e colocou a estrutura do governo à disposição dos segmentos envolvidos.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal, Sergipe apresenta potencial para se tornar um produtor do grão por contar do clima, solo e ciclo de chuvas apropriadas. Ele disse que a Embrapa está com três áreas experimentais situadas em Carira, Frei Paulo e Umbaúba e os resultados são bastante positivos.
O secretário afirmou que o Governo de Sergipe entraria como articulador dos segmentos envolvidos, assistência técnica e distribuição de sementes para os pequenos agricultores que se inserirem na produção de soja.
A reunião foi provocada pela VLI, empresa administradora do Porto de Sergipe. Conforme Esmeraldo Leal, a empresa tem interesse em estimular o plantio de soja no Norte da Bahia, Sergipe e Sul de Alagoas, uma vez que já está transportando a soja produzida no município de Luiz Eduardo Magalhães (BA).
“O porto incrementaria o comércio de exportação e, como valor agregado, a nossa soja entraria com um preço mais vantajoso, pelo fato de não ser preciso computar o custo com transporte. Ganharíamos uma redução de 1.200km de transporte, já que usaremos o nosso porto”, acentuou o secretário.
Ele ainda disse que Sergipe deverá produzir soja convencional e orgânica, que tem um valor de mercado de R$ 3 a R$ 5 a mais que a transgênica. “Além disso, é ótima para recuperar o solo. A soja convencional e orgânica produz nutrientes que recupera o solo já cansado. Ela pode entrar também como rotação de cultura e resolveria o problema da monocultura do milho no estado, além de ser ambientalmente correto”, explicou.
Outra vantagem apontada por Esmeraldo Leal, é que o calendário de safra de Sergipe não competiria com o de outros estados. Segundo ele, o estado iria produzir na entressafra de outras localidades. Outro valor agregado apontado pelo secretário é a produção de sementes e de ração.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias.