HRL: 2.400 vítimas de acidentes motociclísticos em 2015
“No dia do acidente, não estava usando capacete. Mas, graças a Deus sofri apenas escoriações pela face. O mais grave mesmo foi a fratura na tíbia”. O relato é do mecânico M.S.S., de 24 anos, natural de Tobias Barreto, na região Centro-Sul de Sergipe. Em agosto do ano passado, ele sofreu um acidente quando pilotava sua moto naquele município sergipano, sendo encaminhado ao Hospital Regional Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro (HRL), em Lagarto.
Segundo ele, o acidente aconteceu quando, ao passar em um desnível, de uma rua para outra, acabou perdendo o controle do veículo e caiu. “Esta é a segunda revisão que estou fazendo, desde a cirurgia, no dia 11 de agosto. Em relação ao que vejo por aí, o atendimento aqui no Hospital de Lagarto é muito bom, inclusive o da enfermagem, que responde sempre as nossas dúvidas”, afirmou o mecânico nesta quinta-feira (14), enquanto aguardava o atendimento do serviço de Ortopedia do Pronto Socorro do HRL.
O caso do mecânico é apenas um entre centenas de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que, cada vez, mais chegam às urgências hospitalares por todo o país. E em relação ao Hospital Regional de Lagarto não é diferente. Em 2015, o número de pacientes envolvidos em acidentes motociclísticos (motos e motonetas) atendidos no HRL chegou a 2.391, superior em aproximadamente 1,3% em comparação a 2014, quando a unidade assistiu 2.367 vítimas.
De acordo com o balanço anual do HRL, o número de pacientes envolvidos em acidentes motociclísticos em 2015 representou 90,12% das vítimas de violência no trânsito assistidas pela unidade hospitalar em todo o ano passado, que totalizou 2.653.
Em comparação apenas ao número de vítimas de acidentes automobilísticos e atropelamentos assistidas pelo HRL, que foi de 302 em 2015, o total de acidentados por motos e motonetas no ano passado chega a ser superior em quase 800%.
“Vivemos hoje uma verdadeira epidemia em relação aos acidentes de moto no Brasil. E isso ocorre com maior gravidade principalmente no interior, onde os motociclistas usam na maioria das vezes esses veículos sem a capacitação adequada e sem os equipamentos de segurança, principalmente capacetes, ocasionando acidentes com grande gravidade”, ressalta Oldegar Alves Junior, superintendente da unidade hospitalar.
Fonte: Agência Sergipe de Notícias.