Deputados repercutem indicação de Andre Moura

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Parlamentares repercutiram, nesta quarta-feira (18), a escolha, pelo Palácio do Planalto, do deputado Andre Moura (PSC-SE) como líder do governo na Câmara dos Deputados. Moura foi apoiado por novo bloco parlamentar, chamado de “centrão”, que congrega 225 deputados de 13 partidos - PP, PR, PSD, PRB, PSC, PTB, SD, PHS, PROS, PSL, PTN, PEN e PTdoB. Concorrente de Moura à liderança na Casa, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse respeitar a decisão do presidente da República interino, Michel Temer, e afastou a hipótese de que assumiria a liderança do governo no Congresso, um convite feito por Temer durante almoço nesta tarde. “Não é uma posição que me gere empolgação, e acho que, como a práxis tem sido um senador, é melhor respeitá-la”, disse, ao reforçar que vai ajudar o governo a aprovar a reforma da Previdência e a prorrogação da desvinculação das receitas da União (DRU). Para o deputado Sílvio Costa (PTdoB-PE), a opção por Andre Moura foi costurado por Michel Temer como forma de barrar o andamento do processo de impeachment contra o presidente da República interino. Atualmente, o pedido de impedimento de Temer está aguardando indicação de líderes da Câmara para que seja formada a comissão especial. “Michel não queria de jeito nenhum indicar o Andre Moura e foi ameaçado, ou seja, ou indica o Andre ou o ‘centrão’ vai indicar os nomes para formar a comissão do impeachment”, afirmou Costa. Já o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que a escolha não foi surpresa, já que havia uma disputa virtual”. Ele acredita que a proximidade entre Andre Moura e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, não vai prejudicar as expectativas do Planalto quanto à desobstrução da pauta de votações. “O que interessa agora é que o Congresso vote e desobstrua a pauta”, disse. “A Câmara não pode misturar um problema interno, em relação à Presidência da Casa, e interromper o funcionamento do Plenário”, acrescentou o parlamentar. Fonte: Agência Câmara Notícias.