PF deflagra 29ª Fase da Operação Lava Jato
A Polícia Federal deflagrou nesta manhã (23/5) a 29ª nova fase da Operação Lava Jato intitulada Operação Repescagem, para dar prosseguimento às investigações de crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção passiva a ativa, envolvendo verbas desviadas do esquema criminoso revelado no âmbito da Petrobrás.
Policiais federais dão cumprimento a 6 mandados de busca e apreensão, 1 mandado de prisão preventiva e 2 mandados de prisão temporária nas cidades de Brasília/DF, Rio de Janeiro/RJ e Recife/PE. Os mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.
Um dos investigados foi assessor do ex-deputado federal José Janene e tesoureiro do Partido Progressista. Foi, juntamente com o deputado, denunciado na Ação Penal 470 do STF. Ele foi acusado de sacar cerca de R$ 1,1 milhão em propinas, em espécie, das contas da empresa SMP&B; Comunicação Ltda., controlada por Marcos Valério Fernandes de Souza. Esse dinheiro seria entregue a parlamentares federais do Partido Progressista, no escândalo criminal conhecido por Mensalão.
Naquela época, o assessor foi condenado, no julgamento pelo Plenário do STF, por corrupção e lavagem de dinheiro. O primeiro crime foi prescrito; já em relação ao segundo, o acusado foi posteriormente absolvido, por meio de julgamentos dos sucessivos embargos infringentes, sob o argumento de atipicidade.
Nesta 29ª fase da Lava Jato, surgiram elementos probatórios que apontam a sua participação também no esquema criminoso no âmbito da Petrobrás. De acordo com as investigações atuais, foram descobertos indícios que apontam que ele continuou envolvido em esquemas criminosos. O acusado teria continuado a receber repasses mensais de propinas, mesmo durante o julgamento do Mensalão e, após ter sido condenado, repasses que ocorreram pelo menos até o ano de 2013.
Os presos e o material apreendido devem ser levados ainda hoje para a PF em Curitiba.
Fonte: Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba/PR.