Arrecadação federal caiu em maio
A redução da atividade econômica e as desonerações fizeram a arrecadação federal cair pelo 14.º mês consecutivo. Em maio deste ano, o governo arrecadou R$ 95,219 bilhões, 4,81% a menos que no mesmo mês de 2015, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Esse é o menor valor já registrado para o mês desde 2010, em valores corrigidos pela inflação.
Nos cinco primeiros meses do ano, a arrecadação federal somou R$ 519,128 bilhões, também o menor valor para o período desde 2010, ao descontar o IPCA. No comparativo com 2015, a queda real - descontada a inflação - chega a 7,36%.
De acordo com a Receita Federal, a retração da economia continua sendo a principal responsável pela queda na arrecadação. A produção industrial acumula queda de 10,79% nos cinco primeiros meses do ano, o que se reflete na queda real de 14,66% na arrecadação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado sobre produtos nacionais de janeiro a maio.
Por causa do recuo de 9,73% na venda de bens, a arrecadação do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) acumula queda real de 6,66% nos cinco primeiros meses do ano. Por incidirem sobre o faturamento das empresas, esses tributos refletem o comportamento do consumo.
Com a economia desaquecida, as empresas lucraram menos e, com isso, a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) também diminuíram. O recuo de 31,1% no valor em dólar das importações fez a arrecadação do Imposto de Importação (II) e do IPI de produtos importados cair 25,22% em 2016, descontada a inflação oficial.
Fonte: Confederação Nacional dos Municípios.