O mercado financeiro voltou a elevar a expectativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2010, de 4,86% para 4,91%. Com isso, a projeção ficou acima do centro da meta de inflação do governo para este ano, de 4,50%.
De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central (BC), divulgada hoje, a estimativa para o IPCA em 2011 também aumentou, de 4,50% para 4,53%.
Já a estimativa para a inflação de fevereiro aumentou de 0,70% para 0,75%. Para o mês de março, a previsão para o IPCA manteve-se em 0,35%. O dado do IPCA de fevereiro deve ser divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na próxima sexta-feira, dia 5.
A pesquisa Focus manteve a previsão de que a taxa básica de juros (Selic) deve terminar 2010 em 11,25% ao ano. Para o fim de 2011, a expectativa para a taxa subiu de 11% para 11,25% ao ano.
PIB
A estimativa para o desempenho da economia brasileira em 2010 ficou estável na pesquisa Focus. No levantamento realizado junto a instituições financeiras, a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano manteve-se em 5,5%. Para 2011, a previsão para o PIB foi mantida em um crescimento de 4,50%.
No mesmo levantamento, a estimativa para a produção industrial em 2010 subiu. A projeção de alta passou de 8,41% para 8,60%. Para 2011, a projeção para o desempenho da indústria passou de crescimento de 9,45% para 5,00%.
Câmbio e contas externas
Analistas mantiveram a previsão para o patamar do dólar no fim do ano. O nível da moeda norte-americana no fim de 2010 ficou em R$ 1,80. Para o fim de 2011, foi mantida a expectativa de que a cotação da moeda norte-americana fique em R$ 1,87. A previsão de câmbio médio no decorrer de 2010 caiu de R$ 1,84 para R$ 1,83.
O mercado financeiro manteve as previsões para o déficit nas contas externas em 2010. A previsão para o déficit em conta corrente neste ano continuou em US$ 50,0 bilhões. Para 2011, a previsão de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos subiu de US$ 56,41 bilhões para US$ 57,89 bilhões.
A previsão de superávit comercial em 2010 manteve-se em US$ 10 bilhões. Para 2011, a estimativa para o saldo da balança comercial subiu de US$ 1,60 bilhão para US$ 2,80 bilhões.
Analistas mantiveram ainda a estimativa de ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) em 2010 em US$ 38 bilhões. Para 2011, a estimativa para o IED continuou em US$ 40 bilhões.
Fonte: Agência Estado