Economia cresceu! Agora vai alavancar? Descubra quanto o País avançará em 2018
Depois de dois anos de recessão, o Brasil voltou a crescer e as previsões daqui para frente são ainda melhores para a economia. Projeções feitas por especialistas ouvidos pelo Banco Central mostram que, em 2018, o País vai avançar ao redor de 3% e, pelo menos até 2021, continuará a crescer ao redor dessa taxa.
Para 2018, as apostas dos analistas estão na indústria. Depois de o PIB do setor ter ficado estável em 2017, a expectativa para esse ano é de avanço expressivo, com crescimento de 3,43%. Os serviços também devem apresentar bom desempenho, com crescimento de 2,44%.
Importância das reformas
Esse cenário positivo para os próximos anos, no entanto, depende das reformas propostas pelo Governo do Brasil. “Projetamos crescimento de 3% em 2018. O cenário considera que as reformas, em particular a da Previdência, serão retomadas à frente”, explicou o economista do Itaú Unibanco, Artur Manoel Passos.
O fim da recessão, entre outros fatores, foi influenciado pela melhora de indicadores importantes, que só voltaram a níveis adequados depois de medidas que reorganizaram a economia, como a criação do teto dos gastos públicos e ações que permitiram o Banco Central controlar a inflação, reduzir os juros e melhorar a oferta de crédito.
Inflação e juros
Rebeca Palis, técnica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável por divulgar o resultado do PIB, fez relato de como a melhora desses indicadores foram importantes para a vida da pessoas e para o crescimento do País.
“Revertemos duas quedas do PIB e passamos a ter crescimento de 1% no ano”, disse. “Esse resultado foi influenciado pelas melhoras do mercado de trabalho. O disponível de renda na mão das pessoas cresceu em termos reais e elas puderam traduzir isso em aumento de consumo e de poupança”, afirmou.
Mercado de trabalho
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê que o País vai crescer 2,7% em 2018 e avalia que a queda da inflação e a recuperação do emprego foram fundamentais para a retomada. “O consumo das famílias foi estimulado pela menor inflação em quase 20 anos, combinada à redução das taxas de juros. Ainda que em menor escala, a reativação do mercado de trabalho, sobretudo o informal, também contribuiu para reativar o consumo interno”, relatou Fabio Bentes, chefe da Divisão Econômica da CNC.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do Banco Central, do IBGE, do Itaú Unibanco e da CNC