Visto eletrônico para o Brasil pode ser ampliado; vantagem para Municípios preparados

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A entrada de turistas estrangeiros no Brasil aumentou 8% no primeiro semestre em comparação com igual período de 2017, de acordo com números preliminares compilados pelo Ministério do Turismo. Se esse ritmo de crescimento continuar nos próximos meses, a marca de 7 milhões de visitantes do exterior chegando ao país poderá ser atingida pela primeira vez na história, superando o fluxo registrado em anos de megaeventos esportivos no país como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas do Rio em 2016. No ano passado, o número de visitantes estrangeiros no Brasil ficou em 6,6 milhões. O Plano Nacional de Turismo tem como meta um volume de 12 milhões de turistas em 2022, gerando US$ 19 bilhões em divisas - pouco mais de três vezes o valor atual. A alta verificada no primeiro semestre é justificada por dois fatores. Um tem a ver com o maior ingresso de vizinhos sul-americanos, principalmente argentinos, na temporada de verão. Outro aspecto é a implantação do visto eletrônico para americanos, canadenses, japoneses e australianos. Desde o início deste ano, cidadãos dessas quatro nacionalidades não precisam mais comparecer pessoalmente em consulados brasileiros nem contratar despachantes para obter autorização de entrada no país. Sem tanta burocracia, com tudo pela internet, a emissão do documento passou a ser feita em 72 horas ou menos. De 2017 para 2018, levando em conta apenas o período de janeiro a maio, subiu de 57.548 para 81.123 o número de vistos concedidos para turistas dos quatro países. Cerca de 75% dos pedidos hoje já são de e-visas (vistos emitidos por meio eletrônico). O ministro do Turismo, Vinicius Lummertz, informou já ter levado às demais áreas do governo uma proposta de estender o sistema de vistos eletrônicos para visitantes de mais dois países com enorme potencial: China e Índia. A Área Técnica de Turismo da Confederação Nacional de Municípios (CNM) destaca os Municípios que tem roteiros estruturados e que atendam a preferência do turista estrangeiro, devem buscar integração com as Órgãos Estaduais de Turismo para participarem das ações de promoção no mercado internacional. Os americanos, por exemplo, preferem os segmentos de sol e mar, turismo de aventura e ecoturismo. É importante também buscar parcerias e investimentos para capacitação da população, estruturar e preparar a oferta turística para essa nova demanda. Fonte: CNM, com informações do Valor Econômico