Aumento do IOF para tentar conter a alta do real
O Ministério da Fazenda anunciou, nesta quinta-feira (18), duas medidas para conter a crescente valorização da moeda brasileira frente o dólar. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) passou de 4% para 6% sobre investimentos de estrangeiros em renda fixa. A Fazenda também aumentou de 0,38% para 6% a alíquota do IOF cobrado sobre a margem de garantia dos investimentos estrangeiros no mercado futuro.
Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atuar sobre esse mercado é fundamental para conter a alta do real. Isso porque a taxa de câmbio é formada fundamentalmente no mercado de derivativos. O capital especulativo de curto prazo será o mais afetado pelos aumentos das taxas. “Queremos diminuir o apetite, principalmente dos aplicadores de curto prazo”.
O Ministério da Fazenda lembrou que não há garantias de que a desvalorização da moeda americana em relação à brasileira acabará, mas que está atuando para atenuar o excesso de valorização. Mantega acrescentou que a medida já tomada no dia 4 de outubro, de aumentar o IOF de 2% para 4% sobre os investimentos estrangeiros, não foi ineficiente. Na avaliação dele, sem essa atitude, a valorização do real teria sido ainda maior.
A solução definitiva para a guerra cambial, que está afetando vários países, precisa passar por um acordo internacional para regular o tema, diz Mantega. “Vamos ter que achar uma solução em conjunto”.
Novas medidas para conter a alta do real não estão descartadas, afirma o ministro, mas destaca que o remédio precisa ser dosado, para que não seja excessivo. Por isso, as medidas em relação ao câmbio serão tomadas gradualmente.
Como medida adicional para conter a desvalorização do dólar, o governo vem comprando dólares no mercado à vista. A moeda norte-americana fechou o dia cotada a R$ 1,666. E tem valorização de 4,42% no ano.
Fonte:
Agência Brasil