Ele espera abrir a unidade antes de 31 de dezembro deste ano. Localizada em Belo Horizonte, a delegacia terá como alvo 5,2 mil pessoas que apresentam sinais externos de riqueza e indícios de omissão de sonegação. Apesar de baseada em BH, a área de atuação da delegacia é nacional. São os mais ricos do país, explicou Cartaxo, que, apesar de alegar sigilo fiscal para não fornecer, por exemplo, o valor mínimo do patrimônio das pessoas físicas em questão, diz que a maioria se trata de donos de empresas, artistas, aplicadores no mercado financeiro, políticos e expoentes do agronegócios. A unidade da Receita se soma a duas delegacias especializadas em grandes contribuintes pessoas jurídicas que estão atuando no Rio de Janeiro e São Paulo. É parte de um projeto amplo de reestruturação administrativa e operacional que Cartaxo deu início com o objetivo de fechar brechas normativas e ralos operacionais por onde vazavam impostos. É bom lembrar que Cartaxo substituiu a ex-secretária Lina Vieira em agosto de 2009, afastada do cargo depois de polêmica com a então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff. Em janeiro, Carlos Alberto Barreto, funcionário de carreira da Receita, vai ocupar o lugar de Cartaxo.
(Azelma Rodrigues | Valor)