Projeções revistas recentemente pelo governo e o Banco Central indicam um crescimento para o Brasil menor que os 5% inicialmente previstos para 2011, mas segundo vários especialistas, o País não verá uma mudança brusca na rota de crescimento. Para alguns economista ouvidos pelo iG, o crescente mercado interno brasileiro deverá assegurar um bom desempenho para a economia, mesmo em um cenário de crise. A maior preocupação, para esses economistas, não está no crescimento, que de certa forma já parece assegurado tanto em 2011 quanto em 2012, mas sim no avanço da taxa de inflação.
No acumulado até setembro, as projeções dos economistas apontam um crescimento de cerca de 3% devendo atingir 3,5% no período de 12 meses encerrado em dezembro, condizente com a rota traçada pela equipe econômica. Um crescimento em um nível mais sustentável no longo prazo e bastante positivo, principalmente porque se dá sobre a base forte registrada em 2010, quando o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, a soma de todas as riquezas produzidas no País, avançou 7,5%.
Já a inflação acumulada em 12 meses até setembro atingiu 7,3%, puxada principalmente pela elevação dos preços dos serviços e dos alimentos. Nível bem acima do teto de 6,5% estipulado pelo Banco Central para o ano. Os economistas, no entanto, acreditam que setembro pode ter registrado o pico desse movimento, com a inflação voltando a ceder nos próximos meses, mas sem ainda convergir para o centro da meta de 4,5%, se situando na faixa de 6%.
Fonte: IG São Paulo