Receita deve crescer 9%

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O desaquecimento da atividade levou o governo a reduzir a previsão de crescimento da arrecadação em 2012. A estimativa foi revista de 13% para 9%, segundo uma fonte da equipe econômica relatou à agência Reuters. A leitura feita é de que a desaceleração econômica pode levar o recolhimento a R$ 1,06 trilhão.

Entretanto, não está descartado um cenário mais grave, que resulte em uma queda real na arrecadação — ela se manteria em crescimento, mas em nível inferior à Inflação do período. O quadro ficará mais claro para o governo somente a partir de fevereiro, momento no qual a crise na Zona do Euro deverá atingir seu ápice, segundo avaliação do Palácio do Planalto.

Mais pessimista, o especialista em finanças públicas Mansueto Almeida considera uma Inflação de 5,5%, medida pelo Índice de preços ao Consumidor Amplo (IPCA), e um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de, no máximo, 3%. Com esses cálculos, ressaltou, o mais provável é que as receitas tenham queda real em relação a 2011. Na melhor das hipóteses, ela não vai cair e se estabilizar. Acredito, porém, que recuará, disse.

O menor volume de receitas deixará mais complicada a tarefa do governo de cumprir a meta de superavit primário (economia feita no Orçamento para o pagamento de juros). A presidente Dilma Rousseff e seus ministros prometem poupar R$ 139,8 bilhões no ano que vem, o equivalente a 3,1% do PIB. Nas contas de alguns economistas, porém, o cenário mais provável é de um resultado de até 2,7%.

Fonte: Correio Braziliense