Na manhã desta sexta-feira, 7, o governador Marcelo Déda reuniu todo o seu secretariado, além de presidentes e diretores de órgãos e empresas públicas, para promover uma reflexão sobre a crise que se abate sobre a economia mundial e suas conseqüências para a economia sergipana e para o desempenho do próprio Governo. O encontro ocorreu na sala de reunião do Palácio dos Despachos.
Segundo o governador, que iniciou a reunião ao lado da primeira dama, Eliane Aquino, um dos objetivos principais do encontro é mostrar que não é necessário pânico, mas, sim, a adoção de medidas preventivas para que o impacto da crise internacional seja minimizado na administração pública, garantindo a capacidade operacional do Governo do Estado. Vamos adotar uma série de medidas que vão ajudar o Estado de Sergipe a enfrentar esse momento. Estamos apreensivos, mas nos preparando para superar as possíveis consequências da crise internacional, pontuou Déda.
Confiança
O governador também reiterou sua confiança na condução competente e responsável da economia nacional executada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e sua equipe, destacando o atual comportamento do país no cenário de crise. Hoje, o Brasil suporta a maior crise do capitalismo internacional dos últimos 100 anos e, mesmo com os impactos constatados, os reflexos da crise são administráveis até o momento. Em outra conjuntura, nosso país já teria quebrado e recorrido ao Fundo Monetário Internacional (FMI), ponderou Déda.
Este comportamento, segundo o governador, demonstra a eficácia das medidas adotadas pelo Governo Federal, reafirmando que o país tem reservas monetárias, política econômica consistente e autoridades competentes. Neste momento fica evidenciado que o país tem um presidente que lidera a nação, mobilizando a sociedade, os empresários e os trabalhadores para resistir aos impactos da crise, mantendo os níveis de investimento buscando sustentar os níveis de crescimento, além de viabilizar uma trajetória ascendente para a economia e a sociedade brasileira, afirmou Déda.
Avaliação
Durante a reunião, exposições e análises de conjuntura detalharam os possíveis impactos e reflexos do andamento da crise em todas as áreas econômicas do Governo, abordando investimentos, repasse de recursos, arrecadação de impostos e, sobretudo, a garantia de manutenção dos investimentos já realizados pela administração estadual em todas regiões.
Pontuando aspectos específicos, o assessor econômico do governador, economista Ricardo Lacerda, o secretário da Fazenda, Nilson Lima, a secretária de Planejamento, Lúcia Falcón, o secretário de Desenvolvimento Econômico Jorge Santana, e o presidente do Banese, João Andrade, realizaram exposições com a análise de conjuntura, a partir da qual apontaram medidas preventivas a serem adotadas.
Um dos aspectos pontuados pelo governador é a necessidade da manutenção de uma ação estratégica do Banco do Estado de Sergipe (Banese), atuando como elemento fomentador de novos investimentos por pequenos e micro-empresários, garantindo acesso a crédito e dinamizando esse importante setor da economia local. Segundo o governador, isto só será possível graças à solidez do banco e ao seu gerenciamento eficaz, tornando-o um banco estadual de destaque no cenário nacional.
Também foi formalizada a criação de um Grupo de Acompanhamento da crise econômica que será formado pelos secretários da Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Administração, Desenvolvimento Econômico, pelo presidente da Companhia de Desenvolvimento Industrial e Recursos Minerais de Sergipe (Codise), Ancelmo Oliveira, e pelo presidente do Banese, João Andrade.
A determinação do governador é de que, semanalmente, esse grupo se reúna e examine os dados da conjuntura econômica da semana, estudando os reflexos para o setor público brasileiro e para o Governo de Sergipe. A partir desse acompanhamento, o grupo vai apresentar ao governador um relatório detalhado de economia brasileira, incluindo a execução orçamentária e a performance governamental, além de apresentar sugestões para ações a serem tomadas pelo governo, visando a preparação para qualquer reflexo que a crise produza.
Economia
Uma das tônicas do encontro foi a determinação de uma política de contenção de gastos, aliada a uma reavaliação completa do orçamento estadual, verificando a possibilidade de se promover cortes ainda durante o processo de aprovação junto à Assembléia Legislativa.
Segundo o governador, o objetivo principal é manter a capacidade de investimento, assegurando a realização das obras e serviços essenciais, além de garantir o aporte de recursos para viabilizar as contrapartidas do Governo do Estado nos convênios com o Governo Federal e organismos internacionais.
Uma das principais determinações do governador refere-se à redução de custeio nas respectivas secretarias e órgãos do Governo. Segundo Marcelo Deda, é fundamental que seja dada absoluta prioridade ao que é indispensável, pois é esta economia que garantirá um fluxo de caixa para sustentar os investimentos num suposto recrudescimento da crise.
Em síntese, buscaremos adotar medidas preventivas que garantam os investimentos. Essa é a meta do plano de contingência que executaremos para assegurar a saúde financeira do Estado, exercendo um papel fundamental na economia sergipana para ajudá-la a suportar os impactos da crise, colaborando, inclusive, com o próprio desempenho da economia nacional, ponderou o governador.
Integração
Segundo Marcelo Déda, um dos objetivos da administração estadual é preparar o governo para o ano de 2009, compartilhando informações e aumentando a coesão da equipe administrativa. Por isso é que convocamos, inclusive, os presidentes de empresas e autarquias e demais gestores que formam o segundo escalão, para que pudéssemos ter uma apropriação coletiva das informações e, ao mesmo tempo, unidade e união do Governo em torno do governador de modo que possamos adotar as medidas articuladas e com o perfeito engajamento de todos os integrantes da administração, concluiu o governador.
Fonte: www.agencia.se.gov.br