Na próxima terça-feira (13), acontece mais uma mobilização de prefeitos em Brasília, promovida pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). Novamente, prefeitos de todo o país irão se encontrar para tratar sobre a crise financeira que atinge as cidades brasileiras. Preocupado com o fechamento das contas das prefeituras, o prefeito de Poço Verde e presidente da Associação dos Municípios da Região Centro Sul de Sergipe (AMURCES), Antônio da Fonseca Dória (o “Toinho de Dorinha”) está incentivando todos os gestores sergipanos a participarem do evento.
“Todo esse desequilíbrio econômico que tantos municípios estão enfrentando não é fruto exclusivamente da queda da receita. Essa queda é mesmo muito expressiva, mas temos que considerar também a imposição de novas despesas, como mostra um estudo recente da CNM. Queremos que o Governo Federal se sensibilize com a crise financeira dos municípios e ajude o final de mandato de uns prefeitos e o início da gestão de outros. Nós realmente não sabemos como vamos conseguir fechar as contas das prefeituras com tantos obstáculos”, frisa Toinho de Dorinha.
O gestor conta que no mês passado, aproximadamente 1,5 mil prefeitos municipais lotaram o auditório Petrônio Portela, do Senado Federal, para a Mobilização Municipalista Permanente. Na oportunidade, senadores e deputados ouviram as reivindicações do movimento liderado pelo presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “Lá, foram identificadas e documentadas todas as causas da crise. Entre os principais motivos, estão o enorme volume acumulado de restos a pagar, a queda na receita de transferências da União e o sub-financiamento dos programas federais nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social”, destaca o presidente da AMURCES.
Toinho de Dorinha acrescenta ainda que foi constatado que o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) teve reduções significativas a partir do segundo trimestre. “Muitos prefeitos estão revoltados porque o FPM foi reduzido após isenções fiscais concedidas pelo Governo Federal do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), um dos tributos formadores do FPM. Enfim, estaremos lá, apoiando a causa e buscando as soluções para reverter essa crise. Não podemos deixar contas para a próxima gestão, então aproveito para lembrar a todos vocês, prefeitos municipais sergipanos, que nossa união nesse momento é de extrema importância”, ressalta o gestor.
Agencia Empauta