Os presidentes dos 91 tribunais do país, entre eles o chefe do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, se reúnem nesta terça-feira (6), em Aracaju (SE), para planejar o futuro do Judiciário e debater ações de combate à corrupção e à improbidade administrativa no seio da própria instituição. Malfeitos cometidos por magistrados serão um dos temas em pauta no 6º Encontro Nacional do Poder Judiciário.

O evento foi aberto por Ayres Britto na noite desta segunda (5) na sede do Tribunal de Justiça de Sergipe. Além dos presidentes e vices das cortes brasileiras, prestigiam o encontro o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, corregedores de Justiça e os integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O ministro Joaquim Barbosa, que presidirá o STF a partir de 22 de novembro, também participa do encontro. O atual presidente da Suprema Corte se aposentará compulsoriamente no dia 18, quando completa 70 anos, idade-limite para os funcionários públicos.

Pela primeira vez, o encontro dos juízes irá contar com palestrantes de fora do meio jurídico. Nesta manhã, o empresário Jorge Gerdau e o secretário de ações estratégicas da Presidência da República, Ricardo Paes de Barros, irão participar do painel o olhar do administrador. Também irão se apresentar aos magistrados a jornalista Eliane Cantanhêde e o advogado e professor da UERJ Gustavo Binenbojm, que trarão aos integrantes da Justiça o olhar da sociedade.

Vivemos novos tempos de abertura do Poder Judiciário exatamente para um exame e uma análise mais crítica de suas virtudes, discursou Ayres Britto na cerimônia de abertura, nesta segunda.

Os seminários, divididos por ramo da Justiça (Estadual, Federal, do Trabalho, Eleitoral e Militar), discutirão questões específicas enfrentadas em cada segmento. Os conselheiros do CNJ participarão da coordenação desses grupos. Todas as propostas aprovadas nas discussões temáticas serão apresentadas no final do evento, quando os presidentes vão definir as metas a serem perseguidas pelo Judiciário nos próximos anos.

Fonte: G1